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Projeto Mutirão Ciranda fortalece a produção e comercialização de agricultores familiares

Por Serta
11/11/2020 | 01h:48

O território do Estado de Pernambuco contou com mais um ciclo de atividades de capacitação, mutirões e visitas de ATER em comunidades rurais. Realizado pelo Serta, com o Apoio da Fundação Banco do Brasil, a ação do Projeto Mutirão Ciranda tem mobilizado os/as beneficiados/as e realizado parcerias nos territórios.

Na última semana, jovens, mulheres, e agricultores do assentamento Panorama, em Timbaúba/PE, e das comunidades da Gameleira e Ana, em Gloria do Goitá/PE, participaram da oficina de marketing e agregação de valor a produtos na Agricultura Familiar, na Unidade Pedagógica do Serta Glória do Goitá. A formação, realizada em dois dias, orientou sobre o manuseio de equipamentos e práticas de agregação de valor na agricultura em massas, líquidos e os conhecimentos sobre as Plantas Alimentícias Não Convencionais – PANC.

A oportunidade foi também para que os participantes pensassem sobre a marca dos produtos, a fim de agregar valor na cozinha Agrofamiliar comunitária e nos possíveis espaços que pode servir de comercialização.

Alexsandra Maria, presidente do Serta, avaliou a ação como “uma oportunidade de fortalecer a produção da agricultura familiar que aumenta a capacidade de comercialização a partir do preparo, do cuidado com a embalagem, com a marca, fazendo com que essas famílias empreendedoras fortaleçam sua renda, melhorem seus negócios, contribuindo diretamente para o fortalecimento da economia local e ofertando alimentos saudáveis, sem agrotóxicos”.

Durante a programação, o gerente do Banco do Brasil, agência de Glória do Goitá, Adan de Deus, enalteceu o trabalho desenvolvido pelo Serta. “É fantástico enxergar a evolução que acontece nas comunidades em que o Serta tem atuado! Vivemos no mundo onde quase não dá para acreditar em justiça social, e o Banco do Brasil precisa cada vez mais investir e continuar fazendo essa parceria, porque o Serta faz a diferença na vida de muitas famílias rurais de Pernambuco”, considerou.

Ciclo de mutirões

Nesse período, aconteceram ciclos de mutirões na propriedade de Pâmela do assentamento Canaã, em Tracunhaém/PE, com a construção de um galinheiro de base ecológica.

Na propriedade Rafael e Camila, em Aldeia, Camaragibe/PE, a realização de podas e construção de estufas. Já na propriedade de Cristina, também em Aldeia, o manejo agroecológico foi feito na área.

No Recife, Várzea, houve construção de casa na propriedade de João PedroNo mesmo bairro, na propriedade de Karla, podas e manejo agroecológico de área.

Na Zona da Mata, em Limoeiro, construção da cisterna ferrocimento de 10mil litros de água na propriedade de Rodrigo. Já na propriedade de Renata, comunidade Caxito, Gravatá/PE, o início da bioconstrução de uma Casa de Aprendizagem no formato de geodésica, com oficinas comunitárias com mulheres rurais.
Na propriedade de Sérgio, Adriano e Janaína, comunidade Fervedouro Jaqueira, Recife/PE, plantio de mudas, construção de cisterna ferrocimento de 10mil litros de água, manutenção de bueiro, manutenção de chafariz e manejo ecológico de área.

Em andamento, o projeto conta com a construção de mais três biodigestores, que tem a função de produzir biogás a partir do uso de esterco de animais disponíveis na propriedade dos jovens e mulheres agricultores/as.

O educador do Serta João Vitor, conta como está sendo a experiência de implementação de um biodigestor na propriedade rural do agricultor Willian José, do Sítio Cachoeira, município de Pesqueira: “a família receberá um biogás, que produzirá por dois botijões de gás industrial. Um benefício importante para a realidade da família”. A unidade familiar dedica-se a produção de queijo coalho e provolone, manteiga de garrafa, além de manejar bovinos, caprinos, suínos e aves, e ainda cultiva mandioca, feijão, filho e frutíferas.

Outra iniciativa repercute no município de Maraial, núcleo de mutirão da Zona da Mata Sul de Pernambuco é a do agricultor conhecido como Galego da Gaiola. “Ele vive o momento de entusiasmo com a chegada do biogás, um sonho que há anos planejava, e o projeto Mutirão Ciranda realizou”, relata o educador do Serta Claudemir Ferreira.

Já no Sítio Ribeirão, em Glória do Goitá, a propriedade da família do jovem Anderson Silva, composta por oito pessoas, só cresce: “A propriedade vem evoluindo a cada dia com manejo agroecológico das atividades agrícola e pecuária. A chegada do biodigestor, para além da produção de biogás, apoiará na produção de fertilizantes e práticas diversas, servindo como inspiração para as demais famílias da comunidade, tornando-se uma unidade familiar de referência”, relata o coordenador do projeto Paulo Santa.

Durante as atividades foram assegurados a equipe e beneficiários todas as medidas de prevenção contra a pandemia da Covid-19.

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